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REFLEXÃO: AUTONOMIA X CONDIÇÕES ADEQUADAS

18/11/2020 - por HELINTON KACHINSKY

Todos passamos por um momento de um novo processo de trabalho com novas ferramentas que até então não tínhamos acesso.

Com a abertura do SIGRH e SGP-e passamos a acessar ferramentas que, por um lado, nos trazem autonomia. Mas por outro, preocupação.

O lado da autonomia é importante para que possamos realizar nosso trabalho não mais atrelados ao horário das regionais, e sim ao nosso tempo. Bem como manter a vida funcional dos servidores da nossa escola a mais organizada possível para os processos que dependem dessa sistematização.

Por outro, este trabalho demanda de uma atenção e concentração especial, a qual uma parcela dos Assistentes de Educação não possuem. Atender balcão, fazer cópias, emitir documentos e montar processos ao mesmo tempo é uma tarefa que gera desgaste e incide em erros.

Temos que admitir que a pandemia será um divisor de águas, onde a partir de agora cada vez mais teremos ferramentas para que os procedimentos ocorram de forma digital e com agilidade. E é para isso que as ferramentas vem chegando, assim como foi com o EducaCenso, Sistema Presença, etc.

Diante do novo cenário, o que temos que refletir não são necessariamente as ferramentas que nos disponibilizam operar, mas sim as condições para que possamos executar com excelência o trabalho nestas ferramentas.

E para isso, voltamos ao ponto chave: local adequado. 

Já de longa data a ASAESC bate nesta tecla junto a SED, porém sem êxito (basta rever ofícios e mais ofícios todos os anos e pedidos presencialmente em reuniões). O que a Associação está neste momento em luta é que seja dado o local adequado para o AE onde possa manejar estes novos sistemas (uma vez que estes são argumentos ainda mais sólidos).

Temos que ser cautelosos quanto à negação das ferramentas. Pois se nós não operarmos vão achar quem o faça. Isso consequentemente tornará nossa classe menos necessária, o que pode gerar falta de argumentos para cobrança de valorização. Afinal, os 30% de 2009 foram conquistados em razão da nossa importância e responsabilidade na escola. 

A luta será por local adequado e melhores condições de trabalho, fazendo com que mantenhamos a importância do nosso cargo técnico e com argumentos para valorização, do que correr riscos de nos transformarem em uma classe obsoleta.